Sá ganhou fama entalhando portas de famílias ricas, mas o álcool venceu a arte
Artesão descobre DOM quando faz para curso de marcenaria em Juiz de Fora. Sérgio de Sá já morou em hotel 5 estrelas, no meio do mato, em casarão, em fazenda, dormiu na praia, alguns dias na delegacia, e hoje vive em uma espécie de barraco no bairro Monte Castelo, cedido pelos amigos, local onde está há quase oito anos. O artesão tem esculturas, quadros e placas espalhadas pela cidade. Virou artista famoso por aqui ao entalhar portas enormes e pesadas para casas imponentes de empresários poderosos. Como sempre teve espírito boêmio, ele mesmo admite que "acabou torrando tudo que conquistou". Lembra que chegou a cobrar por suas obras em madeira o que hoje seria cerca de R$ 120 mil, mas nada sobrou do tempo de dinheiro farto. Sobrevivendo com um salário mínimo que recebe da Assistência Social, o estilo de vida, claramente, mudou da água pro vinho. O que ficou foi a história, os arrependimentos e a fé que na arte do entalhe ele vai reencontrar um caminho interrompido.